+ Popular

Postado por : Unknown 2 de mai. de 2014




A expectativa de os jogos de nova geração apresentarem um visual diferente de tudo o que os videogames "antigos" (Xbox 360 e PlayStation 3) mostraram em seus oito anos de vida acabou com a chegada de "Infamous: Second Son" no PlayStation 4. Entretanto, os jogadores ainda terão que esperar por outro jogo que consiga ser tão inovador no visual quanto na criação de um roteiro, de missões e de objetivos, o que o título não consegue.
Sua estrutura de mundo aberto, oferecendo missões em locais diferentes de uma versão virtual da cidade de Seattle, nos Estados Unidos, mostra que a Sucker Punch não trabalhou o suficiente para criar objetivos que mantivessem o jogador entretido durante toda a aventura. As missões são repetitivas e desinteressantes.
Os combates são o ponto alto de 'Infamous: Second Son' (Foto: Divulgação/Sony)Os combates são o ponto alto de 'Infamous:
Second Son' (Foto: Divulgação/Sony)
Entretanto, com a falta de jogos exclusivos para PlayStation 4 - os péssimos "Knack"  e "Killzone: Shadow Fall" - "Infamous: Second Son" é o melhor título exclusivo do console até o momento.
Na série que surgiu no PlayStation 3 - e que não foi muito popular - o jogador controla um personagem que usa poderes especiais e deve sobreviver em um mundo onde estes seres especiais são caçados. O mesmo ocorre no PS4, com a diferença de Delsin Rowe, o herói do game, absorver elementos diferentes como fumaça e neon e usar estes elementos para disparar projéteis, esquivar-se e até explodir boa parte do cenário.
Visual de filme
A reação das pessoas ao assistir ao gameplay do "Infamous" do PlayStation 4 é a de que se está assistindo a um filme tamanho o nível de detalhes dos personagens e dos cenários. É, sem dúvida, um dos jogos mais bonitos dos consoles de nova geração ao lado de "Ryse" do Xbox One e de "Metal Gear Solid V: Ground Zeroes".
Delsin absorve poderes dos letreiros de neon e dispara contra os inimigos (Foto: Divulgação/Sony)Delsin absorve poderes dos letreiros de neon e
dispara contra os inimigos (Foto: Divulgação/Sony)
Delsin é um personagem bem construído e, embora não tenha muitas expressões fora das cenas de corte - elas são filmes pré-gravados que usam os gráficos do jogo dando mais vida ao rosto dos personagens - ele tem personalidade em suas roupas e movimentos. Até mesmo os dedos dele se movem como se ele estivesse impaciente, esperando pelo jogador.
Os efeitos de iluminação e de partículas são excelentes. Quando o herói absorve poderes, diversas partículas começam a se aglomerar ao seu redor. Sua habilidade que usa fumaça deixa rastros após os tiros e a habilidade de neon ilumina o cenário por onde o jogador passa. Há bons efeitos climáticos e de física que aumentam o ar de realidade do título, assim como o fato de se poder enxergar a cidade a grandes distâncias.
Mesmo com a capacidade de processamento do PS4 ainda há momentos que a taxa de quadros por segundo cai consideravelmente e que alguns objetos aparecem do nada na tela, mas nada que prejudique muito a ação.
O que atrapalha bastante é a câmera que volta e meia fica obstruída por um objeto ou construção no meio do combate, impedindo de visualizar os inimigos. O jogador deve ter habilidade com o controle dela usando a alavanca analógica da direita para colocá-la no ponto certo.
O visual de 'Infamous: Second Son' é muito bom, com destaque para os efeitos de luz e de partículas (Foto: Divulgação/Sony)O visual de 'Infamous: Second Son' é muito bom, com destaque para os efeitos de luz e de partículas (Foto: Divulgação/Sony)
História fraca
Desde o ponto que Delsin recebe seus poderes até quando foge da polícia não há nada de original e poderia fazer parte de um episódio do desenho animado dos "X-Men", popular na década de 1990. O game até tenta mostrar que ele é um cara com personalidade forte e tenta arranjar um par romântico, mas não convence.
A estrutura de missões também é problemática e não evoluiu desde os outros "Infamous" lançados no PlayStation 3 e seguem a mesma lógica de "GTA III", lançado há mais de 12 anos. O jogador deve ir até um determinado ponto do mapa, realizar e completar a missão e ir até outro ponto para fazer a mesma coisa e continuar a história. Há missões paralelas como destruir as bases da polícia que luta contra os "dotados de habilidades sobre-humanas" que diminui a presença de soldados e de veículos na cidade, mas não há motivação nenhuma para o jogador destruir estes locais.
Delsin evolui suas habilidades ao longo de 'Infamous' do PS4 (Foto: Divulgação/Sony)Delsin evolui suas habilidades ao longo de
'Infamous' do PS4 (Foto: Divulgação/Sony)
A tentativa de fazer missões secundárias funciona bem e dá oportunidade de o jogador escolher seguir por um lado bom ou lado mal, o que influencia na história. Como Delsin grafita paredes, o jogador deve virar o DualShock 4 de lado e sacudi-lo como uma latinha de spray para fazer os desenhos nas paredes da cidade.
O que estraga a história que já e genérica é a dublagem brasileira, que segue o padrão Sony de jogos como "Uncharted 3" e "Beoynd". Os atores não interpretam bem o que acontece no game e não passam o clima da cena como os dubladores da versão original. Depois de excelentes trabalhos de dublagem como "Injustice: Gods Among Us", "Batman: Arkham Origins" e "LEGO O Hobbit", fica difícil aceitar um trabalho de baixa qualidade em um jogo de videogame.
Outro ponto negativo é que Seattle não tem vida. Há pessoas nas ruas, carros e três circulando, há o ciclo do dia e da noite e bons efeitos climáticos, mas o máximo que vai acontecer é as pessoas fugirem de Delsin e do tiroteio. Não há nenhuma interação.
"Infamous: Second Son", por outro lado, é o melhor jogo exclusivo do PS4 até o momento, embora deixe a desejar. Na falta de conteúdo exclusivo, este jogo é a salvação para o aparelho de R$ 4 mil não ficar pegando poeira na prateleira.
capa de 'Infamous: Second Son' (Foto: Divulgação)
"Infamous: Second Son"
Plataforma: PlayStation 4
Produção: Sony Computer Entertainment
Desenvolvimento: Sucker Punch
Gênero: ação em terceira pessoa
Lançamento: 21 de março de 2014
Jogadores: 1 jogador
Classificação indicativa: 16 anos
Preço: R$ 180
Prós: visual acima da média com ambiente detalhado e bons efeitos de luz e de partículas, habilidades de Delsin, combates são divertidos.
Contras: repetitivo, história fraca e cheia de clichês, câmera problemática principalmente nos combates e nas cenas de ação, pouca interatividade com os cenários, péssima estrutura de missões.

 

  


- Copyright © ..::Torrent Games::.. Designer: Renato Pedrozo. LINK QUEBRADO?? Clique aqui.